Alzheimer: Novo estudo traz esperança para pessoas com a doença.

 

Cientistas da Universidade de Oxford conseguiram, durante um experimento com ratos, desativar um gene que pensa-se ter relação direta com a doença de Alzheimer. Isso foi possível durante a manipulação de partículas chamadas exossomas, que são complexos proteicos envolvidos na degradação do RNA, naturalmente liberados pelas células. Esses exossomas, uma vez injetados na corrente sanguínea, podem carregar uma droga pela geralmente intransponível barreira hematoencefálica – estrutura membrânica que atua para proteger o Sistema Nervoso Central de substâncias químicas presentes no sangue –, possibilitando maior precisão no tratamento do Alzheimer.

Espera-se que, uma vez que essa técnica seja testada em seres humanos – que ainda pode demorar um pouco, alertam os cientistas – ela possa resolver dificuldades anteriores no que diz respeito à distribuição de drogas para outras doenças do cérebro, como o mal de Parkinson, distrofia muscular progressiva e doença do neurônio motor.

O Dr. Matthew Wood, membro do Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética de Oxford, disse: “Esses resultados são dramáticos e excitantes. É a primeira vez que os novos medicamentos biológicos foram entregues de forma eficaz através da barreira hematoencefálica do cérebro. É a primeira vez também que esse sistema natural dos exossomas foi explorado para distribuição de drogas.”

A Dra. Susanne Sorensen, chefe de pesquisa na Sociedade Americana de Alzheimer, disse: “Nesse impressionante estudo, os pesquisadores talvez tenham superado a maior barreira para a entrega de novas drogas para o tratamento de muitas doenças neurológicas, incluindo Alzheimer.” O estudo, parcialmente financiado pela Campanha contra a Distrofia Muscular foi publicado na revista científica Nature Biotechnology.

Fonte: Age UK, +de 50