Pois é gente, LEIA ISSO traz para você mais uma das novidades que em breve estarão fazendo parte de nossas vidas . Quando vi essa matéria eu me lembrei imediatamente do desenho animado da família Jetson, e você se lembra? Não? então leia a matéria. Grande abraço!
Forma e aparência da Cornucópia
Coelho (Brasileiro) e Zoran (Israelense) desenvolveram seu conceito de gastronomia digital com três dispositivos mecânicos autônomos que, juntos, formam a Cornucópia. O design externo elegante da Cornucópia é tão avançado quanto sua tecnologia interna. Cada componente lembra seu nome.
Foto Divulgação / MIT
O Digital Fabricator é uma impressora que distribui e combina ingredientes para criar um produto final
Enfeitando a superfície do Digital Fabricator, ou impressora de comida, você verá uma série de potes e tubos coloridos que armazenam e resfriam adequadamente seus componentes alimentares preferidos. Até o momento, seus inventores ainda não definiram quanto tempo o dispositivo vai manter a comida resfriada. Ele poderia fornecer armazenamento de longo prazo, como um refrigerador, ou poderia apenas manter os ingredientes de que você precisa para uma receita específica [fonte: Coelho]. Os mecanismos que liberam e combinam os ingredientes em suas formas finais estão todos sob a cabeça de impressão.
O Robotic Chef é feito de várias mãos computadorizadas que seguram alimentos específicos. As mãos robóticas giram, apertam e esticam ingredientes, produzindo resultados variados. O dispositivo lembra um microscópio com uma placa de desempenho, que regula a temperatura dos ingredientes por baixo. Enquanto o ingrediente é mantido no lugar pelas mãos robóticas, agulhas e lasers posicionados no porta-ferramentas acima aplicam métodos de culinária altamente localizados. As agulhas injetam combinações escolhidas de especiarias, e os lasers podem cozinhar partes do ingrediente.
O Virtuoso Mixer consiste de três níveis, ou camadas. Cada nível gira como um carrossel, permitindo que você combine diferentes ingredientes em quantidades variáveis. A camada de cima é equipada com oito potes que contêm os ingredientes. A camada do meio também tem oito potes, que combinam e misturam os ingredientes da camada superior. As combinações da segunda camada são depositadas na terceira camada, onde elementos sofisticados de aquecimento e resfriamento preparam o alimento.
Os mecanismos da Cornucópia
Divulgação / MIT
O Robotic Chef pode aplicar uma variedade de técnicas culinárias ao alimento
A Cornucópia ainda é um projeto-conceito, mas seu propósito é imitar a criatividade humana com a precisão e eficiência de uma máquina. Cada dispositivo está tematicamente amarrado a um projeto-conceito.
O Digital Fabricator realça o sabor da comida criando combinações de alimentos selecionados. Enquanto o mecanismo exato da escolha de receitas ainda não está configurado, a tela sensível ao toque do Digital Fabricator se conecta à Internet. Usuários podem também selecionar receitas salvas no catálogo digital do dispositivo ou receitas compartilhadas em uma base de dados por outros usuários do Digital Fabricator. Os potes localizados no topo da impressora de alimentos estão cheios com os ingredientes escolhidos pelo usuário. Por baixo da tampa da impressora de alimentos, o Fabricator distribui e depois combina perfeitamente ingredientes com outros elementos dispostos pela receita escolhida. Um sistema tubular aquece e resfria o alimento à medida que ele se move através do processo de cozimento. O produto final sai da impressora pronto para ser provado [fonte: Coelho].
O Robotic Chef transforma os componentes do alimento que já existe. É a manipulação da forma, não criação. Por exemplo, você pode aplicar uma variedade de métodos de culinária a um filé usando o Robotic Chef. O dispositivo segura o filés entre dois braços robóticos, enquanto o cabeçote do porta-ferramentas que está encima simultaneamente altera o sabor ao inserir seringas cheias de combinações de especiarias. O prato localizado embaixo de onde o filé está sendo segurado aquece a carne até a temperatura pretendida. O benefício do dispositivo é que você pode aplicar um método de culinária específico seja localmente ou holisticamente ao seu componente alimentício.
O Virtuoso Mixer determina todas as possíveis combinações de ingredientes em um esforço de encontrar a melhor para cada chef. Por exemplo, se você estiver fazendo um pão, pode testar várias combinações rápidas de fermento e várias farinhas, produzindo um pão mais saboroso. O mixer distribui os ingredientes de 16 potes. A camada superior distribui. os ingredientes usando métodos de escala precisos, e a segunda camada amassa e combina os ingredientes. A máquina aquece e resfria os ingredientes depois de distribui-los na terceira camada, onde uma tampa de vidro termicamente isolada permite o rápido assamento ou a modificação da temperatura da mistura para produzir uma amostra.
Divulgação / MIT
Com o Virtuoso Mixer, os usuários podem testar várias combinações de ingredientes até encontrar a de que mais gosta
Na próxima página você vai saber por que os ambientalistas e os maníacos por saúde vão amar a Cornucópia.
Os objetivos por trás do conceito da Gastronomia Digital
Depois de ter lido as descrições futurísticas da Cornucópia, você deve estar se perguntando qual o propósito de tudo isso. Por que Coelho e Zoran tiveram essa ideia, afinal?
A Cornucópia aprimora a preparação de comida em casa. Embora a tecnologia do alimento tenha avançado nas fábricas de alimentos e para os master chefs do mundo, a maioria desses avanços tecnológicos não está acessível ao cozinheiro doméstico. A gastronomia digital faz com que cozinhar em casa fique mais fácil e mais atrativo numa época em que mais e mais pessoas comem fora e deixam outros controlarem o conteúdo de sua comida.
Gastronomia digital na TV
Divulgação / moto
O chef Homaro Cantu, do moto, ao lado de sua impressora de papel comestível; no destaque, um dos menus comestíveis do restaurante
Em um episódio de 2007 do programa "Iron Chef", reality show da tevê americana, o chef Homaro Cantu tinha alguns truques futuristas guardados na manga do seu jaleco. Seu primeiro prato foi um sushi feito de arroz, beterraba e alga. Ele adicionou alguns elementos digitais ao sushi ao enrolá-lo em papel comestível impresso com imagens de sushi.
O chef Cantu é dono de um conceituado restaurante em Chicago, o moto, e foi pioneiro no uso da gastronomia molecular, que alia princípios artísticos e científicos no preparo dos pratos. No moto, até o menu pode ser degustado. Ele vem impresso em papel comestível à base de soja preso a uma fina fatia de pão. A fila de espera por uma mesa no moto é de meses.
Sustentabilidade é mais um subproduto da Cornucópia que um propósito principal, mas mesmo assim, sua capacidade de diminuir o consumo é bem-vinda para alguns ambientalistas. Como a Cornucópia distribui ingredientes com precisão, a perda de comida é mínima. A Cornucópia também consolida as ferramentas necessárias para gerenciar uma cozinha eficiente e deixa pouco espaço para o excesso de utensílios. O resultado é a redução da perda e do consumo, significando sustentabilidade aumentada.
Mas o verdadeiro valor do projeto é que ele provoca a discussão sobre o futuro da comida. Os designers estão especialmente interessados em que os usuários tenham completo controle sobre seus ingredientes iniciais, e, por consequência, sobre o produto final. Essa é uma hora oportuna para tal discussão, porque hoje em dia as pessoas geralmente ficam no escuro quanto aos ingredientes que estão nos alimentos que eles comem e o quanto esses ingredientes podem afetar sua saúde geral [fonte: Coelho]. O objetivo da Cornucópia é oferecer ao usuário controle completo sobre a densidade do nutriente e a qualidade do produto final. De acordo com Coelho e Zoran, quanto mais informação as pessoas tiverem sobre a comida que ingerem, maior a probabilidade de escolhas melhores.
Quando a Cornucópia será realidade?
Adeus às experimentações
É um alívio saber que a Cornucópia é ainda um projeto-conceito. O objetivo dos criadores da Cornucópia de acabar com o desperdício de comida e frear o consumo, aumentando a sustentabilidade, pode ser louvável, mas engenhocas como essas tiram o prazer da experimentação gastronômica. Uma coisa é usar a tecnologia como aliada, outra bem diferente é deixar que ela nos substitua. Ir ao mercadão ou à feira comprar ingredientes, transformar a cozinha em laboratório de combinações de ingredientes, errar e acertar as receitas e receber, claro, elogios pela apresentação e sabor dos pratos são coisas que fazem da gastronomia uma arte. Chefs profissionais sabem muito bem como reduzir perdas em seus restaurantes. Chefs amadores fazem isso de olho em seus orçamentos. Não é preciso uma máquina futurista para desempenhar esse papel. Basta uma balança de precisão, conhecimento de técnicas culinárias (obtido em cursos ou em um bom livro), criatividade e paladar apurado.
(Opinião de Gisele Ribeiro)
Uma inovação como a Cornucópia pode parecer irreal à primeira vista, mas Coelho e Zoran começaram a construir protótipos de alguns dos tubos e caixas usados para armazenar alimento.Eles testaram a interface de cada dispositivo e painel de controle, e trabalharam com alguns dos mecanismos de aquecimento e resfriamento de cada máquina. Mas os dois ainda estão fazendo experiência para saber que partes da Cornucópia são viáveis e quais permanecerão no reino do futurismo, ao menos por enquanto.
Coelho e Zoran não estão no estágio em que se pode discutir uma data de lançamento para o projeto, ou mesmo se o projeto vai virar realidade algum dia. É parecido com uma exposição de carros-conceito, que exibe carros futuristas numa tentativa de aprender o que funciona e o que não funciona. A maioria dos carros em uma exibição de conceitos nunca será vista rodando pelas ruas ou estradas, e isso também pode ser verdade em alguns aspectos da Cornucópia. Mas mesmo assim, o projeto provoca uma discussão sobre onde os alimentos estão hoje e onde poderão estar à medida que a tecnologia evoluir. Ela apresenta a ideia de que os chefs amadores podem ter ferramentas à sua disposição para levar as técnicas gastronômicas a um nível mais elevado, ao mesmo tempo em que controlam cada faceta da comida que eles produzem.
E então? O que acharam desse post? Muito legal, não é mesmo? Aguarde mais por aqui no LEIA ISSO, a sua revista diária de variedades. Até mais!
Fonte: How stuff works
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