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domingo, 18 de junho de 2017

Broca ultrassônica no combate a temida trombose


Olá amigo leitor. Eu não me canso de admirar a inventividade humana em todas as áreas, até mesmo nas armas de aniquilição em massa.  Mas as armas as quais me refiro é para aniquilação de células cancerosas, entupimentos, bactérias, virus e outros inimigos que nos espreitam e atacam nosso corpo sem o menor aviso. Então, hoje eu trago ao seu conhecimento a mais nova arma para desintegrar coágulos baseada em ondas ultassônicas.

Broca de som

hemostasia-e-trombose-webA medicina considera que a remoção ou dissolução efectiva de grandes coágulos sanguíneos continua a ser um desafio no tratamento clínico de doenças trombo-oclusivas agudas. O desenvolvimento de um dispositivo intramuscular (tipo um cateter) contendo um transdutor de ultrassom mediado por microbolhas no intuito de  melhorar a taxa trombolítica minimizando ainda a dose  de medicamentos trombolíticos requerida, é sem dúvida um avanço digno de nota.

A ideia veio da hipótese de que um transdutor de ultra-som com sub-megahertz e futuro com um tubo de injeção de microbulhas integrado é mais vantajoso para a trombólise eficiente, aumentando o microrreitamento induzido por cavitação do que os transdutores convencionais de alta frequência e aparência lateral montados em cateter.

Desenvolvemos transdutores miniaturizados personalizados e demonstraram que esses transdutores são capazes de gerar pressão suficiente para induzir a cavitação de agentes de contraste de microborbulhamento com lipídios. Nossa tecnologia demonstra uma taxa de trombólise de 0,7 ± 0,15% de perda / min in vitro sem uso de drogas trombolíticas.Usando uma nova técnica para direcionar ondas de ultra-som com precisão, uma equipe norte-americana conseguiu criar uma autêntica "broca ultrassônica", porém, ao invez de uma ponta metálica rotativa como toda a broca, esta em particular  é formada por ondas ultrassônicas na faixa dos 620 KHz, ou seja, 620.000 ciclos completos por segundo!

Trata-se  da primeira ferramenta técnica baseada em ultra-som que emite feixes diretamente para frente, o que a torna uma ferramenta cirúrgica de penetração inédita, usando um ultra-som na ponta de um cateter junto com um tubo que gera micro bolhas para quebrar coágulos sanguíneos que podem causar trombose.Ultrassom

A nova técnica deverá viabilizar a criação de instrumentos médicos que gerem melhores resultados e que também reduzam significativamente o tempo de tratamento para os pacientes.

O equipamentos de ultra-som utilizados atualmente contra a trombose geram feixes "abertos" (não focados), que atingem os coágulos lateralmente, com uma eficácia pobre em relação ao novo método. Outras técnicas mais invasivas incluem as microbrocas de diamante, porém, estas não conseguem “quebrar” os coágulos em pedaços pequenos o suficiente para que eles sejam totalmente levadas pela corrente sanguínea ou sugados pela ponta do cateter em alguns aparelhos.

"Nossa nova ferramenta de ultra-som é voltada para frente, como uma broca, e ainda quebra os coágulos em partículas muito finas," disse Xiaoning Jiang, da Universidade Estadual da Carolina do Norte. "Nossa abordagem melhora a precisão sem depender de altas doses de diluentes do sangue, o que, esperamos, reduza amplamente os riscos."


A configuração é do tipo direcional e o feixe de ultrassônico pode ser ajustado conforme a necessidade do tratamento. [Imagem: Jinwook Kim et al. - 10.1038/s41598-017-03492-4]

Dissolução de coágulos

Embora ainda não tenha sido usado em humanos, o equipamento tem tudo para dar um salto no tratamento e dissolução de pessoas com problemas de coágulos.

Broca ultrassônica destrói coágulos da trombose

Em sua pesquisa, o responsável pela construção da broca ultrassônica, o Dr.Jinwook Kim diz:“Constatamos que podemos dissolver 90% de um coágulo em 3,5 a 4 horas sem usar nenhum diluente de sangue,". Esse tempo para nós pode parecer muito, mas se levarmos em consideração que as técnas usadas até então, incluindo ajuda de medicamento para diluir coagulos leva em média 10 horas por aplicação. Sim, foi um salto considerável em termos de tempo de tratamento.

Após o registro da patente da broca ultrassônica, os pesquisadores  procuram parceiros da indústria para ajudar a transformar o protótipo em um equipamento médico pronto para uso.


Fonte: Site Inovação Tecnológica; Scientifc Reports; Nature

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